quarta-feira, 10 de abril de 2013

Indústria de carvão começa as obras em junho em Camaquã

Em solenidade promovida pelo governo municipal, empresa Danúbio recebeu nesta terça-feira a escritura da área onde irá trabalhar com tecnologia limpa em Camaquã  
 
Uma semana depois de os chineses da Yunlihong Motors receberem do governo municipal a documentação da área em que irão instalar uma das fases de seu projeto em Camaquã, nesta terça-feira (09/04) foi a vez da empresa catarinense Danúbio Produtos Florestais Ltda ganhar o direito de propriedade de área localizada no mesmo Distrito Industrial (DI), onde erguerão uma unidade de produção de carvão vegetal.

O ato de assinatura da escritura do terreno de 4 hectares ocorreu com o Salão Nobre da Prefeitura tomado por vereadores, secretários, lideranças e empresários. O sócio-diretor da empresa, Carlos Ivanov Hristo, enfatizou: “Viemos para Camaquã para ter lucros, mas principalmente para sermos felizes e ajudar no que for possível a comunidade a também ser feliz”. Hristo proferiu a frase após agradecer os agentes públicos e profissionais de todas as áreas que, desde sua chegada a Camaquã, de alguma forma o ajudaram a formar nele a convicção pelo investimento no município.  
 
Ao lado do prefeito João Carlos Machado e do secretário do Desenvolvimento Claiton Duarte, o empresário detalhou os aspectos da instalação e da operacionalização da indústria, que segundo ele terá como principal característica a tecnologia de ponta e o respeito pelo ecologicamente correto. A empresa, com sede em Lages/SC atua desde 1978 na produção sustentável de madeira. A decisão pela fabricação de carvão vegetal se deu após ampla pesquisa de mercado, que atestou a crescente demanda pelo produto – basicamente direcionado para o consumo doméstico. Corroborou também a alta produção de acácia negra na região: os 68 mil ha plantados garantem o fornecimento da matéria prima do carvão.  
 
Num investimento de R$ 5 milhões, incluindo a compra do terreno, a Danúbio tem como meta a transformação de 35 mil metros cúbicos mensais de acácia. Quantidades que gradativamente subirão até chegar ao quinto ano com a queima de 150 mil metros cúbicos de lenha, com uma produção de 1,2 mil toneladas por mês. Inicialmente serão empregadas diretamente 20 pessoas, mas serão, entretanto, os produtores de acácia - de todos os portes - os maiores beneficiados com o aumento de renda.

Entre as inovações da fábrica - que segundo Hristo, “por usar tecnologia limpa poderia muito bem funcionar até no centro urbano de Camaquã” – está a adoção de fornos elétricos automatizados que diminuem consideravelmente o tempo do processo de queima e esfriamento com relação aos fornos convencionais. Além disso, os equipamentos também já fazem a queima dos gases nocivos à atmosfera, liberando apenas o permissível gás carbônico (CO2). A intensão da Danúbio, que começa a erguer a unidade ainda neste trimestre, é começar a produzir carvão já em janeiro de 2014. Segundo o empresário, a meta futura é também fornecer produtos a partir do carvão à indústria eletrônica, que de acordo com Hrist é “de alto valor agregado”.

Empreendimento ímpar  
 
Para o prefeito de Camaquã, que já considera a Danúbio “uma empresa camaquense”, a convicção demonstrada por Hrist em investir aqui pode ser aferida pela própria iniciativa da empresa de comprar a área. “Estamos de fato todos orgulhosos pela escolha de nossa cidade como sede de vocês; sejam bem vindos e que possamos comemorar muitas conquistas pela frente”, saudou o prefeito.

Ao fazer referências ao empenho do ex-prefeito Ernesto Molon e do ex-secretário Clóvis Rodrigues nas negociações da vinda da indústria, ainda no ano passado, João Carlos também sublinhou o fato de Camaquã ser a única sede entre as cidades dos três estados do Sul (PR, SC e RS) de uma empresa que se utiliza deste modelo moderno de produção de carvão. (Imp Prefeitura Camaquã).

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