Hoje (14 de maio) é Dia Continental do Seguro.
Desde a Antiguidade, o ser humano se preocupa com a perda de
seu patrimônio devido a algum infortúnio. Na antiga
China, de 5000 a 2300 a.c., o transporte fluvial era feito em frágeis
barcas.
Em razão disso, cada barca transportava apenas uma parte da mercadoria
de cada comerciante; em caso de afundamento ou apresamento, apenas uma parte
dos bens de cada um se perderia.
Apesar de ser um modo rudimentar de prevenção, os seguros mais
modernos funcionam sob o mesmo princípio: a distribuição
do risco.
Os pastores caldeus, em 3000 a.c., já faziam uma espécie de
cooperativa para repor as cabeças de gado perdidas. Os babilônios,
em 2300 a.c., faziam convênios antes de suas caravanas atravessarem
o deserto, para garantir o pagamento dos camelos que se perdessem durante
a viagem.
Os fenícios, em 1600 a.c., evoluíram muito na técnica
de prevenção de sinistros. Conhecidos pelo seu intenso comércio
marítimo, estabeleceram convenções que concediam novas
embarcações aos navegadores que as tivessem perdido.
Como garantia contra os prejuízos de viagens futuras, criaram um fundo
de reserva, subtraído do lucro. Toda mercadoria que chegava a salvo
era onerada com o valor da que se perdia. Assim, o prejuízo era também
dividido para um bem maior.
Na Grécia, em 900 a.c., as leis de Rodes obrigavam todos os envolvidos
na empreitada a pagar os prejuízos, caso as mercadorias fossem lançadas
ao mar.
Em 600 a.c., as leis de Atenas preveniam os gastos inesperados por meio de
caixas de auxílio mútuo.
Todos os povos com intensa atividade comercial desenvolveram suas formas
de seguro e prevenção contra possíveis prejuízos.
Em 1318, na Itália, foi publicada a Ordenança de Pisa - a
primeira legislação sobre seguros.
Em 1347, apareceu o primeiro Contrato de Seguro, que estava
relacionado a um transporte de mercadorias efetuado entre Gênova e a
ilha de Maiorca, protegendo o proprietário contra eventual perda da
mercadoria.
Assim, foi no comércio marítimo que naturalmente o seguro
surgiu e evoluiu.
Somente em 1488 surgiu a primeira apólice de seguros terrestres. Assinada
em Florença, a favor de Fernando I, garantia ao monarca uma coroa preciosa
enviada para Nápoles.
A primeira apólice de seguro de vida, feita por William Gybbons, um
empresário londrino, data de 18 de junho de 1583. Foi emitida pela
Real Bolsa de Londres, para 16 mercadores pertencentes à Câmara
de Seguros.
A partir de 1654, o negócio das seguradoras passou a se tornar mais
técnico, e houve mais lucro na venda das apólices, graças
ao trabalho de Pascal, intitulado "Geometria do acaso", que permitiu
criar a técnica indispensável para a elaboração
das famosas "tabelas de mortalidade".
Em 1671, o holandês Johan de Witt, diplomata financeiro, calculou pelo
método de Pascal a probabilidade de uma pessoa, em cada ano da sua
vida, morrer num determinado período de tempo.
A partir daí, surgiram várias empresas de seguros, que cobriam
não só diversos tipos de sinistros, como os marítimos,
os terrestres, os incêndios como também os seguros de vida.
Nesse florescimento da indústria de seguros, a história de
um especial grupo de seguradores tornou-se uma referência obrigatória.
Em 1660, Edward Lloyd abriu seu famoso café Lloyd's, em Londres, no
qual se reuniam diversos comerciantes de seguros, chamados "tomadores
de risco". Eles fundaram uma associação seguradora em que
todos assumiam individualmente os riscos de outras pessoas.
Em 1666, um grande incêndio consumiu Londres, mas o Lloyd's foi poupado.
Imediatamente uma nova modalidade de seguros apareceu: o seguro contra incêndio.
Atualmente, o Lloyd's é uma grande bolsa de seguros, em que praticamente
tudo pode ser segurado. Diariamente, recebe milhares de pedidos de seguros,
de todas as partes do mundo, movimentando um volume impressionante de valores.
Paulinas
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